TJ-SP condiciona negociação ao fim da greve e age com truculência
Ontem no inicio da tarde o Órgão Especial do TJ-SP, após defesa do desembargador Antonio Carlos Malheiros para suspensão da Resolução 520/2010 e do Comunicado 56/2010, decidiu por 19 votos a 5 manter os descontos dos dias parados. A maioria dos que votaram contra os servidores afirmaram que o Tribunal poderia reabrir as negociações apenas se a greve terminasse.
Frente a essa atitude do Órgão Especial cerca de 110 servidores ocuparam o saguão do Fórum João Mendes. O prédio foi fechado pela policia militar e estes servidores decidiram por manter-se no local até que houvesse negociação por parte do TJ-SP. Diversos grevistas em solidariedade passaram a noite na Praça João Mendes.
Por volta de 80 servidores continuam nas dependências do fórum. O Tribunal proibiu a entrada de água e alimentos, bem como da imprensa que tenta cobrir o ocorrido. Até o momento, temos a informação de que duas associadas da AASPTJ-SP estão entre os funcionários que resistem no saguão do prédio.
A Comissão de Negociação das Entidades chamou duas Comissões de Direitos Humanos na tentativa de denunciar a arbitrariedade por parte do Tribunal e negociar a entrada de suprimentos. Alguns deputados estaduais também compareceram no local e tentaram conversar com o comando da policia militar e da segurança terceirizada do TJ. Há a noticia de que o presidente do TJ, desembargador Antonio Carlos Viana Santos, irá encontrar-se ainda hoje com o governador, Alberto Goldman.
Diante deste quadro, diversos fóruns em todo o Estado estão fechando as portas.
Solicitamos a todos que ainda não aderiram ao movimento que não continuem alheios ao que está ocorrendo. Acompanhe o movimento da sua região, paralisando as atividades e permanecendo em frente ao fórum, assim como já está ocorrendo em diversas comarcas e prédios.
Veja reportagem veiculada pela Rede Globo, com fala da presidente da AASPTJ-SP, Elisabete Borgianni
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