Quarta-feira histórica para os servidores do Judiciário
No 36º dia de paralisação dos servidores do Judiciário paulista diversos eventos marcaram a data, que entrará para a história do movimento.
Durante a manhã a AASPTJ-SP, como vem fazendo todas as quartas-feiras, realizou mais uma reunião da categoria em sua sede para informes e esclarecimentos. Os presentes informaram como está o movimento em diversas regiões do Estado e sobre a participação dos assistentes sociais e psicólogos.
A vigília silenciosa, com mordaças e velas, contra a injustiça no Tribunal de Justiça promovida pela Associação na noite de terça-feira em frente ao prédio do antigo Hotel Hilton, que hoje abriga gabinetes de desembargadores, foi um dos temas da reunião. Todos avaliaram o protesto como positivo (veja aqui).
Durante a reunião, recebemos a informação de que a Guarda Civil Metropolitana, por ordem da prefeitura, estava impedindo que a estrutura para a Assembleia Geral dos servidores fosse montada.
Horas mais tarde, tudo resolvido, a assembléia começou. Em mais uma votação, os presentes decidiram pela continuidade da greve e nova assembleia geral na próxima quarta-feira (9/06) na Praça João Mendes.
Ao final da assembleia, enquanto a comissão de negociação das entidades encaminhou-se ao Palácio da Justiça na tentativa de ser recebida pelo presidente do TJ-SP Antonio Carlos Viana Santos, conforme comentado em reunião das entidades, pela manhã, servidores ocuparam o prédio de forma pacifica e lotaram o corredor do 5º andar, organizados previamente por algumas das entidades de servidores, as quais vieram a informar as demais posteriormente a essa ação. A polícia cercou o palácio e o corredor de acesso ao gabinete da Presidência. Centenas de servidores que não entraram no Palácio ocuparam as escadarias e todas as entradas do prédio.
Após horas de espera e mediação dos deputados estaduais Fernando Capez (PSDB), Major Olimpio (PDT) e Maria Lucia Prandi (PT), que se encaminharam ao TJ a pedido dos servidores, a comissão foi recebida por juizes assessores da Presidência e pelo desembargador Antonio Carlos Malheiros. A AASPTJ-SP foi representada na comissão por Catarina Volic.
Após três horas em uma reunião tensa, definiu-se o seguinte:
1.Será suspenso o efeito do comunicado emitido pela SGRH (Secretaria de Gerenciamento de Recursos Humanos) pela Intranet referente as faltas da greve nos dias 07 e 08 de junho. O presidente, segundo seus assessores, irá rever o comunicado na quarta-feira (09/06).
2.Encaminhamento do pedido de suspensão da Resolução 520 ao Órgão Especial, até o julgamento do dissídio, na sessão que ocorre da próxima quarta-feira (09). A defesa em favor dos servidores do Judiciário será feita pelo desembargador Malheiros.
3. Encaminhamento ao Órgão Especial, também na próxima quarta-feira da solicitação da participação das entidades (direito de voz) nas sessões do Órgão quando necessário.
Durante as negociações, foi marcada uma reunião para a próxima segunda-feira, dia 07 de junho, às 15 horas, entre a comissão de negociação, os parlamentares que participaram dos trabalhos realizados nesta quarta e os representantes do Tribunal.
Já passava das 10 da noite quando os deputados e representantes desceram do Palácio da Justiça para dar os informes às centenas de servidores que aguardavam notícias ao redor do Palácio. A reabertura de negociação com o Tribunal foi recebida com entusiasmo pela categoria que deu uma enorme prova de resistência no dia de ontem.
Na próxima quarta-feira, a AASPTJ-SP realizará nova reunião em sua sede às 9h30. De lá partiremos para a Praça João Mendes às 14 horas.
Aguardem novas informações se será realizada vigília na próxima terça feira.
Acompanhe as noticias do movimento pelos boletins da Associação e participe da mobilização!