Os servidores públicos federais vivem mais um ano de luta em defesa de melhores condições de trabalho e pela melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados à população. A luta pela recomposição de perdas salariais está entre as bandeiras de todo trabalhador para fazer frente ao aumento do custo de vida.

O trabalhador quando precisa do atendimento dos nossos serviços, sente o quanto estes estão sendo sucateados. Há um verdadeiro caos na saúde pública: os hospitais seguem lotados, não há médicos e fun­cionários suficientes para garantir um atendimento rápido e eficiente, faltam equipamentos, remédios. Não há leitos suficientes para as internações e, freqüentemente, os pacientes ficam alojados nos corredo­res dos hospitais e prontos socorros.

A Educação Pública também sofre o mesmo processo de sucateamento, com problemas estruturais, como falta de escolas e professores que atendam as demandas existentes, falta de conservação e segu­rança. Os professores e funcionários não são valorizados e recebem salários ínfimos.

Infelizmente esta realidade ocorre em todos os serviços públicos prestados à população em nosso país.

Enquanto a União bate sucessivos recordes com a arrecadação de impostos, que deveriam proporcio­nar maiores investimentos para melhorar os serviços prestados à população, o Governo Federal anuncia o maior corte no Orçamento já realizado na história do país, algo na ordem de R$ 55 bilhões. Dilma impõe medidas recessivas, incluindo cortes em áreas sociais fundamentais, para continuar privilegiando o paga­mento dos juros (os mais altos do mundo) e a amortização da dívida pública aos banqueiros internacio­nais e nacionais. Estes pagamentos, de acordo com a Auditoria Cidadã da Dívida, já comprometem 47,1% de todo o orçamento da União para 2012.

É revoltante ver todos os dias estampadas nos jornais, notícias que tratam sobre a corrupção deslavada e a má gestão do dinheiro público. Os recursos, que nos são roubados, também deveriam ser investidos na qualidade nos serviços prestados à população.

Tentam, ainda, colocar nas costas dos servidores a culpa pelos problemas do serviço público. Mas essa res­ponsabilidade não é nossa. O servidor que está na ponta do balcão e que enfrenta a falta de condições de trabalho, de treinamento, de valorização do seu trabalho não é o responsável pelo caos no Serviço Público.

Por isso nos dirigimos a vocês, que são usuários dos nossos serviços, para afirmar que é necessário construir uma grande luta unificada pela derrubada de leis e projetos que prejudicam os serviços pú­blicos. Com o servidor valorizado e investimentos adequados o serviço público funciona e todos saem ganhando. Por isso, convidamos a sociedade para esta luta. Façamos dessa uma luta de todos!

Defendemos:

Serviço público estatal, digno, gratuito e de qualidade!

Atendimento das reivindicações dos servidores!

Democratização das relações de trabalho! Respeito aos servidores públicos! Abaixo o assédio moral!

Imediata realização de concursos públicos!

Impedimento de qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores!

Aplicação de 10% do PIB para Educação Pública e Estatal! 6% do PIB para Saúde Pública e Estatal!

Combate à corrupção!

Servidor valorizado = Serviço público eficiente

Coordenação Estadual de Entidades do Funcionalismo Público Federal de São Paulo