AASPTJ-SP e parceiros lançam livro “Trabalho e saúde no Tribunal de Justiça de São Paulo”

Autor: 
Ana Carolina Rios

A AASPTJ-SP, em parceria com as entidades Assojubs, Assojuris e Affocos, lançaram no último dia 24 o livro “Trabalho e saúde no Tribunal de Justiça de São Paulo – Repercussões na vida de seus trabalhadores”. O evento ocorreu em São Paulo, na Livraria Cortez e contou com a presença da consultora da pesquisa que originou o livro, Edith Seligmann-Silva.

Os diretores Elisabete Borgianni, presidente e Eduardo Campos Neves, primeiro tesoureiro, associados e convidados acompanharam a apresentação da pesquisadora Edith. Também compareceu ao lançamento Tarcísio dos Santos, secretário da Área da Saúde (SAS) do TJ-SP.

Elisabete falou um pouco sobre o trabalho e seus objetivos. “Queremos mostrar a vocês um pouco sobre quais são as pressões que o nosso empregador faz com seus trabalhadores e o que os está adoecendo”.


Edith falou aos presentes sobre como foi o trabalho da pesquisa, realizado por ela e pela pesquisadora Agda Delía (que não pôde comparecer ao lançamento por problemas de saúde). “O Judiciário é uma instituição muito fechada, considerada acima da sociedade, não se sabe o que acontece lá. Então, o sofrimento, o desgaste e o estresse dentro do Judiciário são desconhecidos da população que tem como referência pelos jornais que o Judiciário vai devagar demais, que os juízes estão questionando que deveriam ter melhor remuneração, ou seja, apenas uma visão estereotipada”, disse.

“O que se fala muito também é a questão do sofrimento, o sofrimento mental. O que seria isso? É você sentir que você não pode ser você mesmo. Para dar um exemplo: você teve um ideal para trabalhar na Justiça, mas as maneiras como as pessoas estão sendo obrigadas a trabalhar, especialmente dentro daquilo que se convencionou chamar de globalização, isto está artificializando a própria vida, o modo de viver e trabalhar conjuntamente”, apontou. “Está se verificando que especialmente no trabalho residem fontes de adoecimento. E a pesquisa mostrou que estas fontes de tensão são muito grandes dentro do Tribunal de Justiça de São Paulo, em que há uma crescente demanda de trabalho sem reposição da força de trabalho”, expôs. “O não reconhecimento deste crescimento de trabalho sem reposição da força faz com que a frase mais ouvida seja ‘aqui é a instituição da Justiça, mas ela é tão injusta com quem trabalha aqui’”, completou.

Assista à fala completa de Edith na página da AASPTJ-SP no Youtube:

Tarcísio falou que o TJ-SP desde a gestão passada (Ivan Sartori) tem buscado saídas para esta situação da saúde de seus servidores, como, por exemplo, a busca pela ampliação do atendimento médico aos funcionários. 

O livro pode ser adquirido no site da AASPTJ-SP ou na Livraria Cortez.


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